Bateria afiada, carrapetas bem audíveis. De repente, sobe a guitarra com uma grande distorção. As vozes são raivosas, os versos cheios de virilidade. A banda se auto-intitula o pesadelo da musica pop. As rimas seguem com o peso do som, e a mistura de rock e rap leva uma longa letra. Um dos versos brada a seguinte frase: “Se não faz parte da solução, então faz parte do problema”. Quase tão difícil quanto ler e entender o nome da musica sem antes escutá-la é não pensar em nenhum dos assuntos tratados na letra. O gosto pela linguagem, pelo estilo do som é discutível, o conteúdo não. Pra quem quiser o youtube e todas as outras facilidades da internet, oferece vídeos retirados de DVDs, clipes, letra e cifra da música. O complicado nome assusta. Raprockandrollpsicodeliahardcoregga.
Mas especificamente este verso vale uma boa reflexão. No nosso país temos inúmeros exemplos de como a população enxerga o problema e a solução, mas não se inclui nela.
Há algum tempo, realizaram uma pesquisa em mais de 70% dos entrevistados reconhecia o problema da quantidade de lixo que produzimos, e apoiavam a reciclagem como uma das formas de ação. Mas no entanto só 12% reciclavam algum tipo de lixo em suas casas. Esse resultado é taxativo, é um exemplo claro. Mas falar de pesquisas e de população, sempre suscita um ar de distancia. Do tipo, nossa como eles são, veja como eles agem. Os que estão lá e não aqui. É sempre impessoal. Mas e nós? Fazemos parte da solução ou do problema? Questões de sustentabilidade e seus clichês são apenas a ponta do iceberg, o início de uma trama que se desenrola no cotidiano. O dia a dia é muito combustível para esse tipo de pergunta. E nós, que problemas enxergamos? Fazemos parte dele? Será que aquele velho pensamento de que cada um fazendo sua parte, ainda funciona? Se cada um for uma célula desconexa, fazendo o que acha justo, sem harmonia, o enredo vira o caos. E é da confusão, da inexistência de harmonia que se nutrem nossos problemas. Para citar outra musica de um barbudo nos anos 80: “Perderemos entre monstros da nossa própria criação”. Como anda sua cidade? Há caos? Há algo de errado? Você se enxerga parte importante dela? Se enxerga parte da solução? E aqueles que estão a sua volta, percebem até onde vão a conseqüência dos atos mais simples, como jogar uma guimba de cigarro no chão? Outra vez um clichê. Mas pra pegar outro exemplo. Furar uma fila, ou tentar pegar o ônibus fora do ponto. Isso acontece na sua cidade? Você compactua com isso? Critica quem avança o sinal vermelho, mas avança também? Onde está a gentileza com a cidade? A gentileza com a comunidade. As respostas das questões urbanas, só serão resolvidas quando o foco for humano. Não técnico, não romântico, não abstrato. Mas humano e cotidiano. Uma busca diária. EREA RIO 2010 – CAOS HUMANO E GENTILEZA URBANA. Pense no que é falho nos encontros de arquitetura, no que cada participante contribui para isso. No que você faz nessa corrente. Vem construir um encontro com a gente. Não se dê o rótulo de cliente, venha ser coletivo, vem com paz de espírito. Sem expectativas. Partiu construir um encontro?
Mas especificamente este verso vale uma boa reflexão. No nosso país temos inúmeros exemplos de como a população enxerga o problema e a solução, mas não se inclui nela.
Há algum tempo, realizaram uma pesquisa em mais de 70% dos entrevistados reconhecia o problema da quantidade de lixo que produzimos, e apoiavam a reciclagem como uma das formas de ação. Mas no entanto só 12% reciclavam algum tipo de lixo em suas casas. Esse resultado é taxativo, é um exemplo claro. Mas falar de pesquisas e de população, sempre suscita um ar de distancia. Do tipo, nossa como eles são, veja como eles agem. Os que estão lá e não aqui. É sempre impessoal. Mas e nós? Fazemos parte da solução ou do problema? Questões de sustentabilidade e seus clichês são apenas a ponta do iceberg, o início de uma trama que se desenrola no cotidiano. O dia a dia é muito combustível para esse tipo de pergunta. E nós, que problemas enxergamos? Fazemos parte dele? Será que aquele velho pensamento de que cada um fazendo sua parte, ainda funciona? Se cada um for uma célula desconexa, fazendo o que acha justo, sem harmonia, o enredo vira o caos. E é da confusão, da inexistência de harmonia que se nutrem nossos problemas. Para citar outra musica de um barbudo nos anos 80: “Perderemos entre monstros da nossa própria criação”. Como anda sua cidade? Há caos? Há algo de errado? Você se enxerga parte importante dela? Se enxerga parte da solução? E aqueles que estão a sua volta, percebem até onde vão a conseqüência dos atos mais simples, como jogar uma guimba de cigarro no chão? Outra vez um clichê. Mas pra pegar outro exemplo. Furar uma fila, ou tentar pegar o ônibus fora do ponto. Isso acontece na sua cidade? Você compactua com isso? Critica quem avança o sinal vermelho, mas avança também? Onde está a gentileza com a cidade? A gentileza com a comunidade. As respostas das questões urbanas, só serão resolvidas quando o foco for humano. Não técnico, não romântico, não abstrato. Mas humano e cotidiano. Uma busca diária. EREA RIO 2010 – CAOS HUMANO E GENTILEZA URBANA. Pense no que é falho nos encontros de arquitetura, no que cada participante contribui para isso. No que você faz nessa corrente. Vem construir um encontro com a gente. Não se dê o rótulo de cliente, venha ser coletivo, vem com paz de espírito. Sem expectativas. Partiu construir um encontro?
Críticas, dúvidas e sugestões: ereario2010@gmail.com