Em uma de suas últimas ações enquanto comissão organizadora, aqui vão as palavras de agradecimento.
Agradecimento a todos aqueles que fizeram parte de uma construção de um encontro, de um evento do movimento estudantil, de um projeto da federação. De muita coisa. Como um bom esquartejador, vamos por partes.
Aqui segue o primeiro agradecimento em especial para aqueles que votaram e consolidaram o Rio de Janeiro como cidade sede do EREA.
Outro agradecimento importante é para o SERES Campos e ao SENEMAU Rio. Ao Seminário, a ComORJ é grata por ter adiantado algumas discussões e até errado antes. E graças a esse primeiro evento da federação no rio, parte de suas atividades foram repetidas e sua comissão com tamanha generosidade fez um grande esforço para que o EREA não repetisse suas falhas. Obrigado ao SENEMAU rio, também por "ceder" material humano. Não fosse às pessoas de lá, o EREA de cá não aconteceria, certamente. Ao SERES, obrigado pelo turno do EREA, e pelo apoio do pessoal de Campos dos Goytacazes, em especial do IFF, que comprou nosso projeto de encontro com grande afinco. Também lá pudemos aprofundar algumas discussões do EREA e da própria federação. Algumas atividades do encontro saíram de proposições feitam em Campos.
Outro agradecimento importante é para aqueles que participaram dos COREAs. Desde o primeiro, até o fundamental COREA Rio. Várias pessoas participaram e de mente aberta ouviram e debateram vários assuntos relacionados ao encontro e mais importante do que o encontro, várias pessoas acrescentaram no debate sobre como a federação age e como deveria agir, e juntos da comissão se empenharam em fazer parte da mudança, que não depende só de uma diretoria ou de uma executiva, a mudança é algo de base. Em especial aos que foram ao COREA Rio, e foi lá o momento em que o encontro consolidou sua proposta. Ali foi feita a escolha pela ousadia, e naquele momento o proposta de encontro fora consolidada mesmo sendo uma aposta em que ninguém sabia no que daria, nem nós comissão nem ninguém, ainda assim nesse solo de incerteza, a maioria das escolas votou pela ousadia, pelo risco. Não fosse esse conselho o EREA RIO seria outro encontro completamente diferente.
Agora em especial à execução de um encontro. Segue aqui o nosso infinito agradecimento aos apoios que mostraram uma determinação e uma garra ímpares. Mesmo quando poucos de nós acreditávamos, devidos aos problemas circunstanciais de ultima hora. Mesmo quando até parte da comissão não via possibilidade da coisa acontecer. Os apoios executaram e fizeram o EREA surgir em um único dia. Um capítulo a parte são os apoios de infra e aqueles que viraram apoios de infra. Tal como o lema budista que diz “ ao invés de ficar parado escolhendo um caminho, caminhe “ eles escreveram e levantaram grande parte do encontro com a garra, e assumiram pra si inúmeras responsabilidades que não lhe cabiam, mas por isso fizeram o EREA acontecer. Aos outros apoios também devemos igual agradecimento. Pra galera de crede que ralou incessantemente, pra galera de comunicação que além do imenso trabalho, divertia a rapaziada. Pra galera de atividades, que mesmo com grande parte do trabalho encaminhado, chamou a responsabilidade e foram imprescindíveis na execução do projeto do encontro. Pra galera de finanças que pegou a parte mais cheia de tensão e nervosismo de um encontro, e fez do poço de incerteza um Oasis de calmaria ao fim do encontro. O EREA rio, resolveu apostar para renovar os quadros de apoios da federação, juntando várias pessoas novas com alguns “ dinossauros “. Mais uma vez uma aposta, mais uma vez um risco. E aqui uma vitória categórica. Ninguém poderia prever esse esforço coletivo e essa união. Talvez só a comissão saiba quanto os apoios foram determinantes, e aqui fica a ratificação.
Agora a diretoria. Segue o nosso muito obrigado a diretoria, que mesmo contrária a algumas coisas antes do encontro, no momento do EREA, deixou de lado as divergências e embarcou fundo no projeto. Os diretores se dividiram e trabalharam como comorgs e apoios, sem deixar de lado o trabalho da gestão. Brilhante postura!
Obrigado aos oficiantes, que no geral foram sensacionais, e numa conjunção de sorte e trabalho da comissão interligaram todas as atividades de uma maneira surpreendentes.
Obrigado aos participantes que entenderam os nossos problemas de ultima hora, os nossos erros grosseiros, e também a proposta de encontro. E em sua grande maioria fizeram muito bem a parte que a comorj não tinha o menor controle. A parte do Encontrar-se.
O EREA rio, desde o início tinha uma proposta sólida de encontro pelas atividades, por tudo que isso acrescenta ao trabalho da Federação, e também com uma relação crítica mas sobretudo de um comprometimento para fazer parte da mudança dos trabalhos e praticas da FENEA. Como um famoso indiano diria, " Seja a mudança que você quer no mundo", a comissão tentava fazer parte e executar junto da base da FENEA tudo aquilo que merece modificação. A mudança está concretizada? Claro que não. Vai estar em breve? Também não. Mas pra isso a continuidade estará garantida já que agora alguns dos membros estarão diretores durante a próxima gestão, levando algumas de nossas criticas e projetos para toda a FENEA. Pra continuidade do encontro, fica o voto de confiança nos próximos projetos e na próxima gestão para que eles sejam uma vitória coletiva tal como esse o EREA RIO demonstrou poder ser.
Obrigado, Comissão organizadora do XIII EREA LESTE – Rio de Janeiro.
sábado, 8 de maio de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Rio de Janeiro: o motivo do EREA
Hoje, a cidade vive num certo clima de ansiedade e esperança com o seu futuro. Copa e olimpíadas são assuntos constantes no dia a dia carioca. As muitas transformações que esses eventos trazem a reboque contribuem para essa ansiedade e otimismo coletivo. Pois mesmo sendo a cidade da moda no momento, o rio tem outras tantas razões que a fizeram ser escolhida para ser sede do EREA. Poucas cidades no mundo conjugam tantas realidades opostas com uma conexão física íntima. Poucos são os ambientes urbanos que fazem da complexidade um habito do cotidiano. Toda essa complexidade, e todos os mitos que envolvem a capital carioca a tornam um ambiente ímpar para que as atividades de um encontro se desenrolem. E indo fundo nesse poço, entrando na correnteza desse rio, nadando contra a corrente, para discutir e questionar as varias realidades da cidade que o encontro pretende se desenrolar. Transformando as muitas realidades em muitos temas e da complexidade cotidiana carioca um hábito para os participantes do XIII EREA Leste – Rio De Janeiro.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Arquitetura é mais que projetos, encontros são mais que eventos.
Qualquer projeto urbano tem uma responsabilidade imensa, qualquer projeto de arquitetura também. Uma das primeiras menções a responsabilidade técnica do fazer da arquitetura é do é do código de Hamurabi. Esse conjunto de leis da região da Mesopotâmia data de mais ou menos 1700 a.C. e vale aqui a referencia: “a responsabilidade profissional: um arquiteto que construir uma casa que se desmorone, causando a morte de seus ocupantes, é condenado a morte “. Pois bem, o que diremos da responsabilidade de um projeto em escala urbana? Um projeto que interferirá em umas tantas vidas, talvez centenas, talvez milhares.
Mas nós temos um problema da conjunção da técnica e do pensamento humano. É necessária uma capacidade de abstração, uma inventividade e certa abstenção que são difíceis de conjugar no projeto. É difícil dizer se a arquitetura está mais ligada a técnica ou ao lado humano. Dos dois ela sobrevive, ainda bem. Por que está distinção entre o que é “humano” e não é, parece uma esquizofrenia coletiva. Mas há um certo habito que nós precisamos mudar. Podemos pegar como exemplo uma situação semelhante que ocorre na medicina ocidental de uma maneira geral. Citemos a particularidade de duas escolas de medicina do Rio de Janeiro.
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro e na Universidade Estadual, os estudantes de medicina são bombardeados com frases do tipo, “Vocês estão tratando de pessoas não de doenças.” Ou seja, há a preocupação na formação para que o futuro médico, não esqueça que há ali uma pessoa, um humano que tem suas particularidades. A luta é para que aqueles que fazem o juramento de Hipócrates, realmente façam o bem para o indivíduo, mas o enxergando, e não tendo o foco na patologia.
Algo semelhante pode acontecer na arquitetura. Aprendemos do inicio ao fim da faculdade, uma busca pela técnica de projeto, na luta por uma adequação artística entre forma e função, e outros tantos conceitos e valores. Só que aí também criamos a armadilha que pode nos pegar. Quando o processo de criação de um projeto vira “hábito”, só enxergamos o projeto e nada mais. Enquanto estamos testando e aprendendo na academia, na sala de aula, na prancheta e no computador não há problema. Mas quando a técnica tem de ser aplicada vida afora, o habito complica a rotina. E dessa abstração super utilizada, geramos sem perceber um certo tipo de viseira, e só enxergamos o que queremos. E se aqueles que deveriam projetar e se preocupar com a habitação, com a vida urbana, com a maneira em que vivemos na cidade, com a vida coletiva se abstém de seu papel a situação o quadro se mostra complicado. Em algum momento nós criamos problemas para nós com nossa própria historia, com a naturalização de atitudes que viram rotina, hábitos. Ainda bem que somos capazes de mudar, de querer ser outro.
Encontros de estudantes, também são mais que um simples evento. Cada um poderia dar umas dezenas de justificativas, para que “serviriam” os encontros estudantis. Mas hoje é fato de algumas executivas, algumas federações promovem encontros apenas para festas. Acho que eles podem ser mais que isso. Nós do EREA RIO, achamos que os encontros podem e devem ter compromisso com a formação dos futuros regentes de projetos de arquitetura e urbanismo. É pra isso e com isso que contamos com os participantes, apoios, diretores, oficiantes e convidados. A nossa formação se inicia no momento do ingresso na universidade, mas só termina junto do ultimo suspiro de vida. Sempre podemos mudar, assim também pensava o filósofo alemão Hegel, sobre o eterno devir da historia. E o EREA RIO, tentará coletivamente assumir sua posição ativa na formação dos estudantes que compõem a Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura. Vamos reagir nesse Caos Humano.
Qualquer projeto urbano tem uma responsabilidade imensa, qualquer projeto de arquitetura também. Uma das primeiras menções a responsabilidade técnica do fazer da arquitetura é do é do código de Hamurabi. Esse conjunto de leis da região da Mesopotâmia data de mais ou menos 1700 a.C. e vale aqui a referencia: “a responsabilidade profissional: um arquiteto que construir uma casa que se desmorone, causando a morte de seus ocupantes, é condenado a morte “. Pois bem, o que diremos da responsabilidade de um projeto em escala urbana? Um projeto que interferirá em umas tantas vidas, talvez centenas, talvez milhares.
Mas nós temos um problema da conjunção da técnica e do pensamento humano. É necessária uma capacidade de abstração, uma inventividade e certa abstenção que são difíceis de conjugar no projeto. É difícil dizer se a arquitetura está mais ligada a técnica ou ao lado humano. Dos dois ela sobrevive, ainda bem. Por que está distinção entre o que é “humano” e não é, parece uma esquizofrenia coletiva. Mas há um certo habito que nós precisamos mudar. Podemos pegar como exemplo uma situação semelhante que ocorre na medicina ocidental de uma maneira geral. Citemos a particularidade de duas escolas de medicina do Rio de Janeiro.
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro e na Universidade Estadual, os estudantes de medicina são bombardeados com frases do tipo, “Vocês estão tratando de pessoas não de doenças.” Ou seja, há a preocupação na formação para que o futuro médico, não esqueça que há ali uma pessoa, um humano que tem suas particularidades. A luta é para que aqueles que fazem o juramento de Hipócrates, realmente façam o bem para o indivíduo, mas o enxergando, e não tendo o foco na patologia.
Algo semelhante pode acontecer na arquitetura. Aprendemos do inicio ao fim da faculdade, uma busca pela técnica de projeto, na luta por uma adequação artística entre forma e função, e outros tantos conceitos e valores. Só que aí também criamos a armadilha que pode nos pegar. Quando o processo de criação de um projeto vira “hábito”, só enxergamos o projeto e nada mais. Enquanto estamos testando e aprendendo na academia, na sala de aula, na prancheta e no computador não há problema. Mas quando a técnica tem de ser aplicada vida afora, o habito complica a rotina. E dessa abstração super utilizada, geramos sem perceber um certo tipo de viseira, e só enxergamos o que queremos. E se aqueles que deveriam projetar e se preocupar com a habitação, com a vida urbana, com a maneira em que vivemos na cidade, com a vida coletiva se abstém de seu papel a situação o quadro se mostra complicado. Em algum momento nós criamos problemas para nós com nossa própria historia, com a naturalização de atitudes que viram rotina, hábitos. Ainda bem que somos capazes de mudar, de querer ser outro.
Encontros de estudantes, também são mais que um simples evento. Cada um poderia dar umas dezenas de justificativas, para que “serviriam” os encontros estudantis. Mas hoje é fato de algumas executivas, algumas federações promovem encontros apenas para festas. Acho que eles podem ser mais que isso. Nós do EREA RIO, achamos que os encontros podem e devem ter compromisso com a formação dos futuros regentes de projetos de arquitetura e urbanismo. É pra isso e com isso que contamos com os participantes, apoios, diretores, oficiantes e convidados. A nossa formação se inicia no momento do ingresso na universidade, mas só termina junto do ultimo suspiro de vida. Sempre podemos mudar, assim também pensava o filósofo alemão Hegel, sobre o eterno devir da historia. E o EREA RIO, tentará coletivamente assumir sua posição ativa na formação dos estudantes que compõem a Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura. Vamos reagir nesse Caos Humano.
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