sábado, 8 de maio de 2010
Agradecimentos
Agradecimento a todos aqueles que fizeram parte de uma construção de um encontro, de um evento do movimento estudantil, de um projeto da federação. De muita coisa. Como um bom esquartejador, vamos por partes.
Aqui segue o primeiro agradecimento em especial para aqueles que votaram e consolidaram o Rio de Janeiro como cidade sede do EREA.
Outro agradecimento importante é para o SERES Campos e ao SENEMAU Rio. Ao Seminário, a ComORJ é grata por ter adiantado algumas discussões e até errado antes. E graças a esse primeiro evento da federação no rio, parte de suas atividades foram repetidas e sua comissão com tamanha generosidade fez um grande esforço para que o EREA não repetisse suas falhas. Obrigado ao SENEMAU rio, também por "ceder" material humano. Não fosse às pessoas de lá, o EREA de cá não aconteceria, certamente. Ao SERES, obrigado pelo turno do EREA, e pelo apoio do pessoal de Campos dos Goytacazes, em especial do IFF, que comprou nosso projeto de encontro com grande afinco. Também lá pudemos aprofundar algumas discussões do EREA e da própria federação. Algumas atividades do encontro saíram de proposições feitam em Campos.
Outro agradecimento importante é para aqueles que participaram dos COREAs. Desde o primeiro, até o fundamental COREA Rio. Várias pessoas participaram e de mente aberta ouviram e debateram vários assuntos relacionados ao encontro e mais importante do que o encontro, várias pessoas acrescentaram no debate sobre como a federação age e como deveria agir, e juntos da comissão se empenharam em fazer parte da mudança, que não depende só de uma diretoria ou de uma executiva, a mudança é algo de base. Em especial aos que foram ao COREA Rio, e foi lá o momento em que o encontro consolidou sua proposta. Ali foi feita a escolha pela ousadia, e naquele momento o proposta de encontro fora consolidada mesmo sendo uma aposta em que ninguém sabia no que daria, nem nós comissão nem ninguém, ainda assim nesse solo de incerteza, a maioria das escolas votou pela ousadia, pelo risco. Não fosse esse conselho o EREA RIO seria outro encontro completamente diferente.
Agora em especial à execução de um encontro. Segue aqui o nosso infinito agradecimento aos apoios que mostraram uma determinação e uma garra ímpares. Mesmo quando poucos de nós acreditávamos, devidos aos problemas circunstanciais de ultima hora. Mesmo quando até parte da comissão não via possibilidade da coisa acontecer. Os apoios executaram e fizeram o EREA surgir em um único dia. Um capítulo a parte são os apoios de infra e aqueles que viraram apoios de infra. Tal como o lema budista que diz “ ao invés de ficar parado escolhendo um caminho, caminhe “ eles escreveram e levantaram grande parte do encontro com a garra, e assumiram pra si inúmeras responsabilidades que não lhe cabiam, mas por isso fizeram o EREA acontecer. Aos outros apoios também devemos igual agradecimento. Pra galera de crede que ralou incessantemente, pra galera de comunicação que além do imenso trabalho, divertia a rapaziada. Pra galera de atividades, que mesmo com grande parte do trabalho encaminhado, chamou a responsabilidade e foram imprescindíveis na execução do projeto do encontro. Pra galera de finanças que pegou a parte mais cheia de tensão e nervosismo de um encontro, e fez do poço de incerteza um Oasis de calmaria ao fim do encontro. O EREA rio, resolveu apostar para renovar os quadros de apoios da federação, juntando várias pessoas novas com alguns “ dinossauros “. Mais uma vez uma aposta, mais uma vez um risco. E aqui uma vitória categórica. Ninguém poderia prever esse esforço coletivo e essa união. Talvez só a comissão saiba quanto os apoios foram determinantes, e aqui fica a ratificação.
Agora a diretoria. Segue o nosso muito obrigado a diretoria, que mesmo contrária a algumas coisas antes do encontro, no momento do EREA, deixou de lado as divergências e embarcou fundo no projeto. Os diretores se dividiram e trabalharam como comorgs e apoios, sem deixar de lado o trabalho da gestão. Brilhante postura!
Obrigado aos oficiantes, que no geral foram sensacionais, e numa conjunção de sorte e trabalho da comissão interligaram todas as atividades de uma maneira surpreendentes.
Obrigado aos participantes que entenderam os nossos problemas de ultima hora, os nossos erros grosseiros, e também a proposta de encontro. E em sua grande maioria fizeram muito bem a parte que a comorj não tinha o menor controle. A parte do Encontrar-se.
O EREA rio, desde o início tinha uma proposta sólida de encontro pelas atividades, por tudo que isso acrescenta ao trabalho da Federação, e também com uma relação crítica mas sobretudo de um comprometimento para fazer parte da mudança dos trabalhos e praticas da FENEA. Como um famoso indiano diria, " Seja a mudança que você quer no mundo", a comissão tentava fazer parte e executar junto da base da FENEA tudo aquilo que merece modificação. A mudança está concretizada? Claro que não. Vai estar em breve? Também não. Mas pra isso a continuidade estará garantida já que agora alguns dos membros estarão diretores durante a próxima gestão, levando algumas de nossas criticas e projetos para toda a FENEA. Pra continuidade do encontro, fica o voto de confiança nos próximos projetos e na próxima gestão para que eles sejam uma vitória coletiva tal como esse o EREA RIO demonstrou poder ser.
Obrigado, Comissão organizadora do XIII EREA LESTE – Rio de Janeiro.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Rio de Janeiro: o motivo do EREA
Hoje, a cidade vive num certo clima de ansiedade e esperança com o seu futuro. Copa e olimpíadas são assuntos constantes no dia a dia carioca. As muitas transformações que esses eventos trazem a reboque contribuem para essa ansiedade e otimismo coletivo. Pois mesmo sendo a cidade da moda no momento, o rio tem outras tantas razões que a fizeram ser escolhida para ser sede do EREA. Poucas cidades no mundo conjugam tantas realidades opostas com uma conexão física íntima. Poucos são os ambientes urbanos que fazem da complexidade um habito do cotidiano. Toda essa complexidade, e todos os mitos que envolvem a capital carioca a tornam um ambiente ímpar para que as atividades de um encontro se desenrolem. E indo fundo nesse poço, entrando na correnteza desse rio, nadando contra a corrente, para discutir e questionar as varias realidades da cidade que o encontro pretende se desenrolar. Transformando as muitas realidades em muitos temas e da complexidade cotidiana carioca um hábito para os participantes do XIII EREA Leste – Rio De Janeiro.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Qualquer projeto urbano tem uma responsabilidade imensa, qualquer projeto de arquitetura também. Uma das primeiras menções a responsabilidade técnica do fazer da arquitetura é do é do código de Hamurabi. Esse conjunto de leis da região da Mesopotâmia data de mais ou menos 1700 a.C. e vale aqui a referencia: “a responsabilidade profissional: um arquiteto que construir uma casa que se desmorone, causando a morte de seus ocupantes, é condenado a morte “. Pois bem, o que diremos da responsabilidade de um projeto em escala urbana? Um projeto que interferirá em umas tantas vidas, talvez centenas, talvez milhares.
Mas nós temos um problema da conjunção da técnica e do pensamento humano. É necessária uma capacidade de abstração, uma inventividade e certa abstenção que são difíceis de conjugar no projeto. É difícil dizer se a arquitetura está mais ligada a técnica ou ao lado humano. Dos dois ela sobrevive, ainda bem. Por que está distinção entre o que é “humano” e não é, parece uma esquizofrenia coletiva. Mas há um certo habito que nós precisamos mudar. Podemos pegar como exemplo uma situação semelhante que ocorre na medicina ocidental de uma maneira geral. Citemos a particularidade de duas escolas de medicina do Rio de Janeiro.
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro e na Universidade Estadual, os estudantes de medicina são bombardeados com frases do tipo, “Vocês estão tratando de pessoas não de doenças.” Ou seja, há a preocupação na formação para que o futuro médico, não esqueça que há ali uma pessoa, um humano que tem suas particularidades. A luta é para que aqueles que fazem o juramento de Hipócrates, realmente façam o bem para o indivíduo, mas o enxergando, e não tendo o foco na patologia.
Algo semelhante pode acontecer na arquitetura. Aprendemos do inicio ao fim da faculdade, uma busca pela técnica de projeto, na luta por uma adequação artística entre forma e função, e outros tantos conceitos e valores. Só que aí também criamos a armadilha que pode nos pegar. Quando o processo de criação de um projeto vira “hábito”, só enxergamos o projeto e nada mais. Enquanto estamos testando e aprendendo na academia, na sala de aula, na prancheta e no computador não há problema. Mas quando a técnica tem de ser aplicada vida afora, o habito complica a rotina. E dessa abstração super utilizada, geramos sem perceber um certo tipo de viseira, e só enxergamos o que queremos. E se aqueles que deveriam projetar e se preocupar com a habitação, com a vida urbana, com a maneira em que vivemos na cidade, com a vida coletiva se abstém de seu papel a situação o quadro se mostra complicado. Em algum momento nós criamos problemas para nós com nossa própria historia, com a naturalização de atitudes que viram rotina, hábitos. Ainda bem que somos capazes de mudar, de querer ser outro.
Encontros de estudantes, também são mais que um simples evento. Cada um poderia dar umas dezenas de justificativas, para que “serviriam” os encontros estudantis. Mas hoje é fato de algumas executivas, algumas federações promovem encontros apenas para festas. Acho que eles podem ser mais que isso. Nós do EREA RIO, achamos que os encontros podem e devem ter compromisso com a formação dos futuros regentes de projetos de arquitetura e urbanismo. É pra isso e com isso que contamos com os participantes, apoios, diretores, oficiantes e convidados. A nossa formação se inicia no momento do ingresso na universidade, mas só termina junto do ultimo suspiro de vida. Sempre podemos mudar, assim também pensava o filósofo alemão Hegel, sobre o eterno devir da historia. E o EREA RIO, tentará coletivamente assumir sua posição ativa na formação dos estudantes que compõem a Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura. Vamos reagir nesse Caos Humano.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Caos Humano e Gentileza Urbana
Portanto o encontro visa uma reflexão da maneira em que hoje os cidadãos enxergam sua relação com a cidade, seu pertencimento dentro do meio urbano, para que se perceba onde na própria arquitetura e no urbanismo são influenciados por essa maneira de ser dos cidadãos com sua cidade.
O tema além de discutir a cidadania e a cidade, pretende também focar atenções na própria relação entre os cidadãos. Para que possamos ter uma cidade melhor, a partir de uma relação mais humana entre as próprias pessoas que habitam o ambiente coletivo. Logo é com esse olhar coletivo e humano que o encontro pretende conduzir suas discussões e palestras, fazendo da reflexão sobre a relação entre os humanos e a cidade o próprio motivo do encontro.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Piloto automático
Bem, o que o seria esse piloto automático? Digamos que é toda e qualquer atitude sem pensar que tomamos pra facilitar nossa vida. Coisas que fazemos e viram hábitos. Economias de pensamento, olhar e atitudes. A nossa rotina está recheada de coisas assim. Algumas dessas atitudes corriqueiras de fato facilitam nossa vida, mas de outras só atrapalham o cotidiano da vida comum.
Vamos tornar a coisa factível. Quando você pega um ônibus, olha no olho do cobrador e dá bom dia e boa tarde antes de pagar a passagem? Faz isso com o ascensorista? Com o segurança da faculdade? Se dá bom dia, ou cumprimenta, alguns segundos depois você ainda consegue lembrar da fisionomia dele? Se não consegue, é por que ele é invisível para você. Ali não é enxergado o humano, mas sim a função que ele ocupa, sejam elas gari, barman, garçom, segurança, faxineiro, funcionário da copiadora, papelaria ou qualquer outro trabalho, considerado de menor importância pela maioria das pessoas. Esses são homens invisíveis.
Pois bem, para reconhecer ali um humano, não é preciso muito. Apenas um pouco mais de calma. É só desligar o piloto automático, ter calma na hora de conduzir as relações humanas. Não é fácil, desconstruir nossos hábitos. Essa maneira automática e apressada de viver é uma reação a quantidade de coisas que temos que fazer. Difícil falar em tempo para estudantes de arquitetura. Mas o que é maior, a arquitetura ou a vida? O convívio humano?
Pra passar a enxergar nas funções os humanos, é necessário um exercício de alteridade grande. Repensar e perceber que qualquer um de nós poderia ocupar aquele lugar.
No Rio de Janeiro, como em outras cidades grandes, as pessoas vivem apressadas. Vivem com o piloto automático ligado. Felizmente, ainda mantemos um pouco de cordialidade, que quanto ao convívio faz a cidade ser cordial. Até certo ponto. Este piloto automático não diz respeito só ao convívio. Podemos dar outro exemplo. No rio existem inúmeras belezas naturais. Pra quem é de fora da cidade, isso talvez pareça incompreensível. Mas a gente consegue “se acostumar“ com as praias e florestas, a ponto de passar inertes por toda a beleza de uma orla, sem dar uma pequena olhada. Um apreciada rápida que seja.
Mas esse piloto automático não é exclusividade das grandes cidades. Repare em você, no que outros hábitos você reproduz sem pensar. Como se fosse “ natural” alguma coisa é natural? Pense em como você consegue reparar naquela bela arquitetura, e como não consegue entrar na sua cabeça que outras pessoas passem inertes por um belo projeto.
Pense em todas as cores escondidas pelas nuvens da rotina, pra gente ver o que sobrou do céu . Vamos deixar de lado as cartas marcadas, pra repensar o dia a dia. Vamos deixar os papéis comuns, os reis e as damas de lado. Vamos fazer de nós mesmos, os curingas !
Vamos tirar as vendas que nós mesmos colocamos. A indiferença que usamos como viseira, pra não enxergarmos a vida que se passa a nossa volta. O morador de rua, a funcionária da bilheteria, a favela, e as pessoas que lá habitam. Os pedidos de esmolas. As crianças que usam drogas, e os adultos também. Vamos começar a nos desconstruir! A desconstruir nossos hábitos. Vamos fazer de nós a própria revolução. Mergulhar de cabeça contra a cegueira . Vamos incluir os outros em nossos sonhos. Vamos repensar a imagem sobre a nossa cidade. Sobre a cidade do Rio de Janeiro. E falando nisso, um encontro pode servir pra isso? Pra que serve um encontro hoje em dia? Pra que você vem a um encontro?
Partiu construir um encontro, desconstruindo nós mesmos?EREA rio 2010
Mais idéias sobre piloto automático? Sobre o que não é natural mas os hábitos nos fazer crer que sim?
sábado, 12 de setembro de 2009
Parte da solução, parte do problema, partirá de você!
Mas especificamente este verso vale uma boa reflexão. No nosso país temos inúmeros exemplos de como a população enxerga o problema e a solução, mas não se inclui nela.
Há algum tempo, realizaram uma pesquisa em mais de 70% dos entrevistados reconhecia o problema da quantidade de lixo que produzimos, e apoiavam a reciclagem como uma das formas de ação. Mas no entanto só 12% reciclavam algum tipo de lixo em suas casas. Esse resultado é taxativo, é um exemplo claro. Mas falar de pesquisas e de população, sempre suscita um ar de distancia. Do tipo, nossa como eles são, veja como eles agem. Os que estão lá e não aqui. É sempre impessoal. Mas e nós? Fazemos parte da solução ou do problema? Questões de sustentabilidade e seus clichês são apenas a ponta do iceberg, o início de uma trama que se desenrola no cotidiano. O dia a dia é muito combustível para esse tipo de pergunta. E nós, que problemas enxergamos? Fazemos parte dele? Será que aquele velho pensamento de que cada um fazendo sua parte, ainda funciona? Se cada um for uma célula desconexa, fazendo o que acha justo, sem harmonia, o enredo vira o caos. E é da confusão, da inexistência de harmonia que se nutrem nossos problemas. Para citar outra musica de um barbudo nos anos 80: “Perderemos entre monstros da nossa própria criação”. Como anda sua cidade? Há caos? Há algo de errado? Você se enxerga parte importante dela? Se enxerga parte da solução? E aqueles que estão a sua volta, percebem até onde vão a conseqüência dos atos mais simples, como jogar uma guimba de cigarro no chão? Outra vez um clichê. Mas pra pegar outro exemplo. Furar uma fila, ou tentar pegar o ônibus fora do ponto. Isso acontece na sua cidade? Você compactua com isso? Critica quem avança o sinal vermelho, mas avança também? Onde está a gentileza com a cidade? A gentileza com a comunidade. As respostas das questões urbanas, só serão resolvidas quando o foco for humano. Não técnico, não romântico, não abstrato. Mas humano e cotidiano. Uma busca diária. EREA RIO 2010 – CAOS HUMANO E GENTILEZA URBANA. Pense no que é falho nos encontros de arquitetura, no que cada participante contribui para isso. No que você faz nessa corrente. Vem construir um encontro com a gente. Não se dê o rótulo de cliente, venha ser coletivo, vem com paz de espírito. Sem expectativas. Partiu construir um encontro?
terça-feira, 23 de junho de 2009
Gentilezas Urbanas
Estava lendo um livro do Jaime Lerner, Acupuntura Urbana, encontrei um capítulo muito interessante que chamou minha atenção imediatamente pelo título que tinha:“Gentileza Urbana”, me aprofundando na leitura acabei descobrindo que esse capítulo talvez pudesse se encaixar na temática proposta pelo EREA RIO 2010.
Primeiramente vamos nos tornar íntimos desses termos:
Acupuntura Urbana – “Sempre tive a ilusão e a esperança de que, com uma picada de agulha, seria possível curar doenças. O princípio de recuperar a energia de um ponto doente ou cansado por meio de um simples toque tem a ver com a revitalização deste ponto e da árera ao seu redor.” Jaime Lerner.
Gentileza Urbana – “Há alguns anos, um grupo de pessoas bem legal de Belo Horizonte, entre elas meu velho amigo Valério Fabris, conseguiu impor respeito entre as pessoas com atitudes que estimulavam o amor pela sua cidade. Cada gesto nesse sentido é uma gentileza urbana.
Desde então, surgiram periodicamente ações e idéias criativas que refletem a consciência das pessoas de que gentileza urbana é indispensável na vida das pessoas.” Jaime Lerner.
Fora isso temos citações de muitos exemplos de gentilezas urbanas, o caso da vaquinha da rua leopoldina
Enfim, agora que já entendemos melhor esse conceito podemos entrar nas reflexões sobre o assunto, a base temática do EREA RIO era a de caos urbano e ação direta, usamos na nossa divulgação a filosofia de um personagem carioca que dizia que gentileza gera gentileza, então por que não gerar gentileza para com a nossa“cidade (maravilhosa)EREA”. Esse tipo de pensamento somado ao conceito de acupuntura urbana, ou seja pequenas intervenções que nós estudantes de arquitetura podemos promover durante nosso encontro, em diversos pontos da cidade, pode estimular de uma certa forma a interação do participante, dos moradores com a nossa cidade, ajudando a recuperar a sua identidade, sendo esse um tipo de ação direta.
Nos últimos tempos o que tenho observado é que o carioca está perdendo o amor pelo Rio de Janeiro, os indivíduos se mostram cada vez mais apáticos em relação aos problemas que afligem a população em geral, se fechando em condomínios, tornando semi-privado ou privado o espaço anteriormente público, colocando cancelas e guaritas em ruas locais, se encerrando em suas próprias casas, em seus computadores, e TV’s de plasma. Os parques, jardins, praças e até mesmo os cinemas estão sendo abandonados, tornando ainda maior a linha imaginária que separa as classes, de um lado a muralha dos condomínios de outro a fronteira da criminalidade das favelas.
Definitivamente está faltando abraço nesse EREA, está faltando interesse pelo próximo e está faltando gentileza urbana. Como abordar esse tema no nosso encontro? Como realizar uma verdadeira acupuntura no tecido urbano do Rio de Janeiro durante esses 05 dias?
Poderíamos começar levando nossos participantes para conhecer locais onde existia a interação social na nossa cidade e em algum momento isso se perdeu, fazer uma oficina de origamis, flores de papel e distribuí-las na Cinelândia, como antes já fez o profeta, chamando a tenção das pessoas para a pessoa ao lado, podemos revitalizar uma velha fachada numa bela rua, fazer um grafite no muro engraxado de uma oficina mecânica. Existem inúmeras possibilidades a serem exploradas pela nossa comissão. Estaremos em breve
Onde foi que se perdeu a gentileza? Onde foi que se perdeu o Gentileza?
Partiu fazer um encontro?
Leiam “Acupuntura Urbana”, Jaime Lerner - “o cara” que refez Curitiba.
Renan N. Paes
Estudante de Arquitetura e Urbanismo - UFRJ
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Extroversão
(Jung - Psychological types. p. 39- em Daryl Sharp - Tipos de personalidade)
EREA Rio a extroversão do encontro!!!